1. O Luxemburgo voltou a ser notícia na sequência de revelações (Luxembourg leaks) sobre um acordo secreto entre centenas de empresas multinacionais e o governo luxemburguês, na época em que era primeiro-ministro o atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Notícia que deu azo a uma proliferação de pronúncias bem escusada sobre o apelido/sobrenome Juncker. Recordamos, por isso, o que já antes aqui fora sugerido como mais aproximada da forma de dizer original: "iúnquer". Por estarem igualmente na atualidade noticiosa, vale a pena lembar a prolação recomendadada para outros nomes estrangeiros muito ouvidos no audiovisual em língua portuguesa. São os casos, por exemplo, de IKEA (= "iquêa"), de Nobel (="nobél") ou de Gulbenkian (= "gulbenquiã")*. E, porque importa adaptar com critério as palavras estrangeiras entradas no léxico comum, permita-se-nos voltarmos a esta outra recomendação: do ponto de vista ortográfico, a forma "jihadista" é anómala (correto: jiadista).
* Refiram-se ainda situações de distorção fonética provavelmente por imitação de estrangeirismos ou por crença dos falantes na proveniência estrangeira de uma forma. É o caso de ONU (="onú"), que, apesar de sigla de expressão portuguesa («Organização das Nações Unidas»), anda incorretamente pronunciada como "ónu".
2. Que significa mancuniano? E escochado? Existe "desertizar"? Um título é um nome próprio? As respostas estão no consultório.
3. A linguista portuguesa Maria Helena Mira Mateus, professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), tem um novo livro, a que deu o título A Língua Portuguesa, Teoria, Aplicação e Investigação. O lançamento realiza-se em 11 de novembro, às 18h00, no salão nobre do Camões IP, em Lisboa, e tem apresentação do linguista e professor universitário Carlos A. M. Gouveia (FLUL).
4. No programa de rádio Língua de Todos de sexta-feira, 7/11/2014, às 13h15* na RDP África (com repetição no dia seguinte depois do noticiário das 9h00*), Maria Helena Ançã, professora da Universidade de Aveiro, fala sobre um estudo que envolveu portugueses, brasileiros e cabo-verdianos sobre a partilha da língua portuguesa. Quanto ao Páginas de Português, ao contrário do que é hábito, não se realiza a emissão de domingo, 9/11, por imperativos de programação na Antena 2.
* Hora oficial de Portugal continental, ficando também disponível via Internet, nos endereços de ambos os programas.
5. Os materiais da Ciberescola da Língua Portuguesa e dos Cibercursos estão ao dispor da comunidade escolar, para apoio do ensino-aprendizagem do português (língua materna e língua não materna). E para estudantes estrangeiros, as duas plataformas ministram cursos individuais (Portuguese as a Foreign Language), de acordo com diferentes níveis de proficiência. Mais informação no Facebook e na rubrica Ensino.
6. Para apoiar o custeamento do serviço aqui prestado, gracioso e sem fins lucrativos, reiteramos o apelo SOS Ciberdúvidas. O nosso agradecimento pela generosidade.