Confesso que não percebi bem a sua pergunta. Respondo por partes.
É sabido que as palavras, quanto ao acento tónico, se classificam em proparoxítonas (esdrúxulas, acento tónico na antepenúltima sílaba), paroxítonas (graves, acento tónico na penúltima sílaba) e oxítonas (agudas, acento tónico na última sílaba).
As proparoxítonas distinguem-se bem porque levam todas acento gráfico na sílaba tónica (agudo ou circunflexo).
As paroxítonas, que são a maioria das palavras da língua portuguesa, não levam acento gráfico na sílaba tónica, desde que terminadas, por exemplo em -a, -as, -e, -es, -o, -os, -em, -ens (ex.: mala, patas, frente, dentes, dedo, muros, outrem, virgens, etc.). Para que uma palavra com terminações de paroxítonas acima indicadas passe a ser oxítona tem de levar acento gráfico na sílaba tónica (ex.: gagá, bebés, forrobodó, mantém, vinténs, etc.).
São oxítonas, sem sinal gráfico, desde que terminem em -l, -n, -ps, -r, -x, -z, -i, -u, -um, -uns (ex.: anel, fazer, inox, feroz, aqui, perus, comum, atuns; e o sinal de nasalação nas oxítonas: -ã, -ão assinala também o acento tónico, se não houver outro (ex.: maçã, comilão, etc.); ou terminem em ditongos orais -ai, -au, -ei, -eu, -iu, -ui, -ou (ex.: atrai, lacrau, darei, comeu, inquiriu, influi, passou, etc.). Para que uma palavra com terminações de oxítona acima indicadas deixe de ser oxítona para passar a ser paroxítona, tem de levar acento gráfico na sílaba tónica (ex.: amável, éden, fórceps, almíscar, tórax, dândi, ânus, órfã, órgãos, etc.).
Ao seu dispor,