Tanto em pasteis [2.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo pastar] como em pastéis [subst., plural de pastel], o acento tónico recai efectivamente na última sílaba; trata-se, portanto, de palavras agudas. A diferença na grafia pressupõe, porém, uma diferença na pronúncia. Com efeito, sucede que em português há ditongos fechados, como o ei de ameis, o eu de seu, e o oi de moita, e ditongos abertos, como o éi de anéis, o éu de céu e o ói de mói. A maneira de distinguir o grau de abertura destes ditongos (isto é, aberto ou fechado) é a utilização de um acento agudo sobre os ditongos que são abertos (anéis, céu e mói). Assim se explica o contraste entre pasteis e pastéis. Esclareça-se, por último, que, actualmente, há falantes em Portugal que não distinguem na pronúncia os ditongos de pasteis e pastéis.