Nas metáforas há alteração do sentido da(s) palavra(s), que adquirem uma significação diferente por efeito de uma comparação subentendida.
Procuremos um exemplo diferente daqueles que apresenta. Suponhamos um enamorado que diz à sua amada, num momento de transporte amoroso:«Meu favo de mel, minha pomba, meu lírio do vale!». Estamos, sem dúvida, perante comparações implícitas. É como se ele dissesse: «És doce, terna e bela!».
Nas frases que refere, a figura usada é também a metáfora: «Nessa altura da discussão, chegou-me a mostarda ao nariz» = reagi com irritação, como o nariz reage a uma substância demasiado forte; «A ela, ninguém lhe faz o ninho atrás da orelha» = ela é uma pessoa atenta e perspicaz, apercebe-se de todos os movimentos, mesmo os de retaguarda; «Aquela noite foi uma barrigada de riso» = riram muito, alimentaram-se, encheram-se de riso.
Normalmente, a comparação faz-se para tornar mais viva, mais expressiva a situação ou coisa que se descreve.