Evanildo Bechara - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Evanildo Bechara
Evanildo Bechara
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Professor, gramático e linguista brasileiro. Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra (2000). É autor de conhecidas obras no domínio da descrição e da normativização da língua, de entre as quais se salientam: Moderna Gramática Portuguesa (37.ª edição, Rio de Janeiro : Editora Lucerna, 1999), Gramática Escolar da Língua Portuguesa (1.ª edição, Rio de Janeiro : Editora Lucerna, 2001), Lições de Português pela Análise Sintática (18.ª edição, Rio de Janeiro : Editora Lucerna, 2004) e Novo Dicionário de Dúvidas da Língua Portuguesa (Nova Fronteira, 2016). Ver mais aqui e aqui.
 
Textos publicados pelo autor
A gramática
No atual contexto das disciplinas linguísticas

«Isto está longe de significar que o professor de língua não reconheça a existência de fatos de variedades outras da competência linguística de seus alunos, para os quais não deve olhar como prejuízos ou com juízos preconceituosos. Tais diversidades devem ser aproveitadas inteligente e habilmente pelo professor como fatores que façam dos alunos poliglotas na própria língua.»

Neste seu texto reflexivo, o gramático brasileiro Evanildo Bechara defende que a coexistência entre uma abordagem normativa da língua e a descrição dos factos linguísticos deve conduzir a uma abordagem do ensino da língua que permita integrar de forma compreensiva e didática as várias línguas que os alunos conhecem, combinando-as com a variedade exemplar da língua. Reflexão publicada no mural Língua e Tradição (Facebook) em 17 de outubro de 2022 e aqui transcrita com a devida vénia.

«Um retrocesso de mais de 100 anos»

«Sem sentido» é como o gramático e académico brasileiro Evanildo Bechara qualifica a iniciativa unilateral da Academia das Ciências de Lisboa de uma revisão do Acordo Ortográfico, «um tratado internacional assinado pelos oito países de língua oficial portuguesa. Entrevistado pelo jornalista Miguel Roque Dias para o programa Língua de Todos do dia 24/02 p.p., aponta a dedo o presidente da ACL, Artur Anselmo, que considera «fora de rumo» nessa campanha.

<i>Novo Dicionário de Dúvidas da Língua Portuguesa</i>
Por Evanildo Bechara

Da autoria do gramático, linguista e filólogo brasileiro Evanido Bechara este Novo Dicionário de Dúvidas da Língua Portuguesa é um guia de consulta rápida e fácil para esclarecer as dificuldades mais recorrentes do nosso idioma comum. Com a colaboração da lexicógrafa Shahira Mahmud, nele foram incluídas as dúvidas que mais ocorrem aos candidatos a concursos públicos no Brasil, além daquelas que estudantes e profissionais de diferentes áreas têm levado ao autor ao longo de toda sua vida académica.

Com cerca de 1500 verbetes e organizada por ordem alfabética, a obra abrange as áreas da pronúncia, regras de acentuação, questões de ortografia, sobre o novo Acordo Ortográfico, o uso apóstrofo, do hífen e das preposições, a crase, a flexão e a conjugação verbal, a formação do plural, a conjugação, os numerais, entre outras.

Organizado por ordem alfabética – como explica o próprio Evanido Bechara –, o livro  trata de factos da língua portuguesa que se acham definidos nas gramáticas. «A diferença é que as dúvidas no modo de falar ou escrever podem ser dirimidas em ordem alfabética. Um dicionário gramatical deste tipo dispõe ao leitor como resolver suas dificuldades. Por exemplo: se houver dúvida sobre a expressão correta, como quando eu vir ou quando eu ver, basta acessar os verbetes dos verbos vir e ver. Quando eu vir, refere-se ao verbo ver. Já a expressão quando eu ver não existe.».

Além da explicação sobre a forma correta do seu manuseamento, ou as diversas possibilidades de emprego de cada verbete, o dicionário vem...

Amnésia ou ignorância?

Há mais de cem anos já havia quem, no Brasil, sugerisse o que pretendem agora os que defendem a abolição do “h” em hoje (“oje”) e que quero passasse a escrever-se “qero”. E já havia quem, em 1907, se insurgisse contra tais propósitos anarquizantes da escrita como se recorda neste artigo do mais reputado gramático brasileiro vivo.

 

 

Evanildo Bechara, gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, esclarece dúvidas e faz várias considerações sobre a relação da língua popular com a norma culta numa entrevista feita em 2002 pelo ator e humorista Jô Soares na Rede Globo (Programa do Jô).

Pontos mais salientes: (...)