Peço desculpa mas, neste momento, quero apenas apresentar as minhas condolências a toda a equipa do Ciberdúvidas pela perda do professor José Neves Henriques.
Sei que o Ministério da Educação já determinou que o Acordo Ortográfico entre em vigor no próximo ano lectivo. Contudo, "custa-me" corrigir o que até agora eram considerados erros ortográficos, como ator, ótimo, etc., sabendo que para o ano os alunos vão ter de escrever e aprender as alterações na grafia. Como deverei fazer? Corrigir aquelas palavras ou aceitá-las?
Li dois comentários sobre a palavra francesa "tranche" relacionados com a economia. Mas um pão cortado em "tranches" também se usa no sentido de «fatia». Não se restringe, portanto, só à economia.
Neste sítio, vejo muitas vezes falar em Brasil e Portugal como realidades culturais e linguísticas em si. Mas o que torna Portugal e o Brasil entidades como tais, na medida possível, são imposições político-administrativas do gênero do acordo ortográfico. No fundo cada país tem o seu 'acordo' ortográfico interno. Se virmos as coisas livremente, do ponto de vista cultural e linguístico, não existem tais realidades...
Moro em Londrina, aqui as pessoas dizem porta como se fossem um inglês a pronunciar, no Rio de Janeiro como se fossem um francês, em Minas Gerais como se fossem um português... Por o outro lado ao pronunciar as os do Rio de Janeiro fazem-no como se fossem um português, e os de Minas Gerais como se fossem um espanhol. Aqui no Brasil, deparámo-nos surpreendentemente com pronúncias ao estilo de Viseu, Açores, etc. Não, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília não são o Brasil... Brasil é muito mais...
Temos que assumir o acordo ortográfico como uma decisão política, que é o que é. Aqueles que defendem, que Portugal e Brasil deviam seguir caminhos diferentes por terem realidades diferentes, já se revoltariam ao ouvir o mesmo para Santa Catarina e São Paulo, ou Minho e Algarve... Porquê? Porque isso iria contra as suas conveniências políticas. Só isso...
Peço ao Ciberdúvidas para não alinhar nessa hipocrisia. Que se defendam as convicções políticas que se quiser, mas sem usar a nossa língua em vão.
Dentro de 10 anos, o Acordo Ortográfico será ainda possível?
Surgiu-me esta pergunta quando, há uns meses atrás, reparei num enorme e repetido "POLICIA" nas viaturas da PSP. Logo, visível e legível, todos os dias, por essas estradas e ruas de Portugal. Por isso, várias perguntas podem ser levantadas ao ministro da tutela, ao comandante da velha corporação e ao próprio (e poderoso) funcionário que acabou, sem dar cavaco a ninguém ou a um simples prontuário ortográfico, com o tal velho acento.
Por esta nova ordem... de acentos e a evidente falta de autoridade de quem ensina e aprende esta língua (Português com acento) sem defesa e protecção (até a Polícia já a abandonou e de que maneira), talvez fosse de propor uma maior simplificação, passando esta "Policia" a ser, pura e simplesmente, de Seguranca Publica. Assim, além de acentos e cedilhas a menos, haveria uma evidente economia de muitos litros de tinta...
Um alfabetizado (português e indefeso).
Queria deixar aqui uma parabenização à consultora Maria Regina Rocha. Talvez não seja a mais sábia, talvez não seja a mais correta, talvez não seja a menos falível, talvez não seja a mais isenta, mas é para mim, a mais clara, a mais sucinta e a mais pedagógica.
Parabéns!
Gostaria de saber se há algum manual que documente e explique as principais diferenças ortográficas e sintácticas (estas interessam-me particularmente) entre o português europeu e o português brasileiro. No caso (muito provável) de não haver tal manual, ficar-lhes-ia muito grata se me indicassem uma gramática ou prontuário que possa servir de referência para estas questões.
Desde já muito obrigada e votos de um 2008 cheio de sucesso.
Gostaria de agradecer ao caro consultor D´Silvas Filho por ter respondido a uma questão que enviei ao Ciberdúvidas. Muito obrigada pela sua ajuda.
Aproveito também para agradecer a toda a equipa do Ciberdúvidas pelo óptimo trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo de todos estes anos. Utilizo o Ciberdúvidas com muita frequência, e as respostas a questões anteriormente colocadas muito me têm servido para esclarecer as dúvidas que me surgem no desempenho das minhas funções.
Como Ciberdúvidas, todos aqueles que se esforçam por falar e escrever melhor têm acesso, à distância de um clique, a um óptimo trabalho, feito com grande rigor e profissionalismo. Um grande bem-haja à equipa do Ciberdúvidas e continuação de um óptimo trabalho.
Um abraço amigo.
Deparei-me, na secção Pelourinho, com um comentário, com o título "Coisas do desconhecimento da língua…" que, apesar de ser perfeitamente pertinente e correcto, me causa alguma perplexidade.
Li, às tantas, o seguinte: «E, claro, a falta de rigor, também, na grafia dos nomes espanhóis Rodríguez Zapatero (e não “Rodrigues” Zapatero), José María Aznar (não 'Maria').»
Não posso concordar mais. Muitos jornalistas são, infelizmente, adeptos da técnica «meia bola e força».
Por curiosidade, fui averiguar, no site do jornal El País, a forma como os jornalistas espanhóis escrevem os nomes dos portugueses.
Confesso: fui ao site do El País pelo facto de este ser um jornal de referência em Espanha (ao contrário do que algumas pessoas poderão dizer do nosso Correio da Manhã).
Deparei-me com isto:
"José Socrates", na legenda;
"José Manuel Durao Barroso", num título.
Repare-se: esta pesquisa foi feita em cinco ou dez minutos e só procurei estes nomes.
Ora, se o El País assassina os nomes dos portugueses, por que razão deveremos nós ficar quietos?
Agora num registo mais sério e intelectualmente honesto: é lamentável o que se faz com os nomes das pessoas; eu próprio me queixo disso (o meu nome do meio é reiteradamente objecto de verdadeiras chacinas linguísticas).
Só gostaria de ficar com a sensação (voltando ao registo jocoso) de que o Correio da Manhã escreve mal os nomes das pessoas (espanholas, neste caso) não por falta de rigor mas por verdadeira retaliação!
Enfim...
Muito obrigado pela V. atenção.
O estado indiano de Goa, que fora outrora a Índia Portuguesa, formada pelos territórios de Goa, Damão e Diu, possui, até os dias de hoje, uma população lusófona. Quantas pessoas ainda falam o português em Goa? Quantas o possuem como língua materna? Essa população lusófona é descendente de imigrantes portugueses, ou não? Na maioria são cristãos, ou hindus? Há atualmente algum tipo de incentivo para que esses nossos irmãos lingüísticos continuem a falar português? Quais são os principais expoentes da história da literatura goesa?
Desde já, agradeço infinitamente as informações sobre assunto que para mim é tão interessante.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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