DÚVIDAS

«Não precisava de o ter matado»
De acordo com o que li, e desde já muito obrigado por todas as dúvidas esclarecidas, apenas uma das frases está correcta: «Não precisava de o ter matado»/«Não precisava do ter matado», ou «Não precisava de o matar»/«Não precisava do matar». Se vos fosse possível indicar-me qual a forma correcta em ambos os casos e fornecerem-me uma breve justificação, ficaria muito grato. Obrigado por tudo e desculpem, mas confesso que as contracções das preposições com pronomes demonstrativos me deixam ligeiramente... baralhado.
A "ota" da grafia
No número 954 do JL, no artigo de Maria Leonor Nunes, leio: «A "Ota" da ortografia, em função do subtítulo do artigo sobre o acordo ortográfico da Língua Portuguesa.» (na p. 12) Qual o significado da palavra Ota? Ouvi esta palavra nos noticiários portugueses, em relação à realidade das grandes empresas, como, por exemplo, a ota da Opel, a ota de um banco, tal e tal... No Dicionário da Porto Editora 2004 esta palavra designa um diminutivo, em função do sufixo nominal. Agradecia a resposta.
«Mais de (...) presos estão foragidos em (...)»
Constantemente leio em manchetes ou ouço em chamadas de noticiários a seguinte frase: «Mais de (...) presos estão foragidos em (...)» Pergunta: Há coerência nesta construção? Não contraria a lógica «se estão presos, logo não estão foragidos... se estão foragidos, logo não estão presos»? Ainda, quem garante que estão foragidos naquele determinado local, marcado pela preposição em? Seria "mais" correto – ao contrário de «Mais de dois mil presos estão foragidos em São Paulo» – utilizar uma construção como «Mais de dois mil presidiários paulistas estão foragidos»?
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa