Doutora Honoris Causa
O título de Doutor Honoris Causa flexiona para o feminino? Ou seja, uma professora recebe um título de Doutor, ou Doutora Honoris Causa?
Sobre as horas
A comunicação social, ao informar o público sobre as horas, é pródiga no uso da — por exemplo — seguinte forma: «Às vinte para as quatro...» Eu pergunto: Às vinte, o quê? Minutos? Que se saiba, minutos é do género masculino! Porque não «Às quatro horas menos vinte»?
O cantar
Uma vez que já existe um nome derivado (regressivamente) – «o canto» –, pergunto se é legítima a derivação imprópria do verbo cantar (ficando «o cantar»).
Ou seja, havendo já um nome derivado regressivamente, é legítma a derivação imprópria, ficando o nome igual ao infinitivo do verbo («o assobiar dos pássaros», quando já existe «o assobio», etc.)?
A regência do verbo almejar
«Escrever romance é muito chato», disse a imortal Rachel de Queiroz, e ela deve estar certa. Mas se um aprendiz das letras diz que «almeja a uma carreira literária», ele está certo, mesmo sendo uma coisa muito chata, ou deve desistir de imediato?
A gramática diz que, quando transitivo, almejar é direto ou indireto. Quando indireto, geralmente rege a preposição por, mas em alguns casos, como em «almeja a uma carreira literária», exemplo que colhi num site, seria correto o verbo almejar a preposição a?
«Almejo uma resposta.»
«Almejo pela resposta.»
«Corte de ténis» vs. «campo de ténis»
Gostaria de saber o que está mais correcto: «corte de ténis», ou «campo de ténis»?
«Pegar-lhe ao colo», ou «pegar nele ao colo»?
Deve dizer-se: «vou pegar-lhe ao colo», ou «vou pegar nele ao colo»?
A palavra valências, outra vez
É correcto utilizar a palavra valências com o significado de capacidades em língua portuguesa? Sei que em português do Brasil isso acontece.
Elipse
Excerto de um texto publicado numa edição on-line do jornal Público: «A conservação doméstica de vegetais à temperatura ambiente e no frigorífico também não revelaram diferenças significativas no conteúdo de glicosinolatos, após sete dias de conserva.»Grata pelo vosso enorme contributo para a nossa língua!
Sobre o infinitivo pessoal, outra vez
Uma amiga alemã, que está aprendendo português e que recentemente teve uma aula sobre infinitivo pessoal, perguntou-me se a frase (a) «é preciso [de] eu praticar mais português» estaria correta. Sugeri a ela alternativas como «eu preciso [de] praticar mais português» ou «é preciso que eu pratique mais português». A frase (a) soa-me estranha, incorreta, mas uma frase como (b) «é preciso [tu] ires ao supermercado» parece-me perfeitamente normal.
Tanto (a) como (b), na minha opinião, seguem as mesmas regras, ou seja, do infinitivo flexionado. Minha pergunta é, pois, se a frase (a) está correta; caso contrário, por que não?
Time, timão, timaço
Gostaria de saber se o substantivo time flexionado em grau no aumentativo sintético seria timão ou timaço.
Aguardo retorno, obrigada.
