Tenho notado que, aqui, no Brasil, as pessoal estão com uma tendência muito acentuada de mudar a regência dos verbos, modificando a sintaxe como na frase: «Ontem fui ao posto médico e vacinei.» E, ainda: «Este ano, na faculdade, reprovei.» Ao meu ver isso estaria certo se as pessoas tivessem praticado tais atos em outras. Acho que tais verbos exigem, para total clareza, uma conjugação pronominal («me vacinei») ou com o verbo auxiliar («fui reprovado») — Tal fato está acontecendo até nas camadas sociais mais esclarecidas e com muitos outros verbos. «Emprestei» — no sentido de ter tomado dinheiro em empréstimo — e assim por diante. Poderiam dar-me alguma luz sobre o assunto?
Ao escrever uma simples carta e ao “correr da pena” escrevi: «Na sequência da v/ carta de 20-11-08 que anexava o cheque desconto de 30,00 €, tomo a liberdade de vo-lo remeter, visando…»
É correcto o emprego de vo-lo, ou deve ser substituído por «tomo a liberdade de o remeter…» ?
Solicito o favor dos vossos esclarecimentos.
Desejo saber se a palavra "oiteto" corresponde a um grupo de 8 músicos. Se não existe esta palavra, qual é a palavra que se enquadra neste mesmo grupo de 8 músicos?
Muito obrigado pela vossa atenção.
No Fantástico [programa da estação de televisão brasileira TV Globo], o repórter Zeca Camargo disse "gastadeira". O certo não é "gastadora"?
O verbo iterar, apesar de estar correcto, parece mal escrito quando comparado com o verbo reiterar, dado que ambos possuem exactamente o mesmo significado: «repetir, fazer de novo.»
Se o prefixo re- dá o sentido de repetição aos verbos, teriam por acaso alguma explicação sobre a manutenção destes dois verbos no nosso dicionário?
Encontrei, num livro de ensino, a frase «Os calções estão-me bons». Neste caso, não se devia usar antes o advérbio e dizer «os calções estão-me bem»?
É correcto dizer-se: «estar à conversa com...»?
Gostaria de saber qual o significado e a origem da palavra buvete.
Em primeiro lugar, tenho uma questão que julgo simples: qual é a diferença entre pesquisa e procura? Esta definição vem da necessidade de definir a função de um browser, a que chamamos navegador, que tem a particularidade de permitir pesquisar/procurar informação de modo passivo.
Em segundo lugar, qual é a diferença entre substantivo concreto e substantivo abstracto?
Já vi a definição de que um substantivo concreto nomeia objectos concretos; i. e., objectos que se conhecem através dos sentidos. Porém deus é considerado, nalgumas gramáticas, um substantivo concreto.
«Realidade» é um substantivo concreto, ou abstracto? De facto, eu interajo com a realidade através do sentidos e das acções. Eu posso distinguir o que é real do que não é real — isto é, do que é ideal. Consigo distinguir a realidade da ideia. Então realidade é um substantivo concreto, e ideia, um abstracto? Formulo a questão de um modo ingénuo, mas pretendo com isto entender como se distinguem os substantivos.
Já reparei que a distinção entre substantivo concreto e abstracto não é coerente nas respostas pertinentes que encontrei no Ciberdúvidas: 26/02/1999, 26/11/1998, 02/01/2002, 19/03/2003 e 21/10/2004.
A minha questão, portanto, pode resumir-se a isto: é possível definir consistentemente como se classifica um substantivo, ou é sempre necessário convencionar excepções, tal como deus, espírito e alma?
Finalmente, deixo um nota: gostava que melhorassem o vosso sistema de pesquisa (entenda-se activa), porque o número de entradas no Ciberdúvidas avulta, e essas entradas podem ser distinguidas por categorias.
Obrigado pelo vosso trabalho!
Pode usar-se a expressão «efeito legado» no contexto de algo que na mesma pessoa fica por determinado comportamento anterior? Exemplo: na diabetes, o bom controlo metabólico da glicemia no início do diagnóstico da doença leva, mesmo que o controlo se deteriore um pouco posteriormente, a bons resultados nas complicações, diminuindo-as: «efeito legado» («legacy effect»). Na literatura inglesa é esta a expressão, «legacy effect», e há uma explicação científica para esse efeito.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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