Tradicionalmente, a análise morfológica é feita normalmente em relação a um texto, porque as palavras podem ter várias classificações morfológicas, ou melhor, podem pertencer a diferentes classes morfossintácticas de palavras (por exemplo, substantivo, adjectivo, verbo, advérbio, preposição, pronome, etc.).
Exemplos
1 – «Eu como pouco.» Nesta frase, «como» funciona como verbo.
2 – «Como chegaste aqui?» Neste caso «como» é um advérbio.
3 – «Tu estás tão bom como eu.» Nesta frase, «como» é uma conjunção comparativa.
Depois da análise de cada palavra no seu contexto, atribuímos a respectiva classificação morfológica porque a consideramos pertencente a uma classe de palavras.
Fazemos classificação morfológica quando dizemos que astrografia é um substantivo feminino.
Também na perspectiva tradicional, quando dizemos que esta palavra é formada por astro- e -grafia, estamos no domínio da história da língua, pois explicamos como foi formada esta palavra.
No entanto, com o desenvolvimento dos estudos linguísticos, em geral, e da morfologia, em particular, também se entende por análise morfológica a descrição da formação e constituição de palavras. Por conseguinte, considera-se que astrografia é um composto erudito (tem elementos de origem grega), ou, em propostas mais recentes, um composto morfológico.