Consultámos F. V. P. da Fonseca, que diz o seguinte:
«Quando a localidade se usa com o artigo, como o Porto, aplicar-se-á do, da, etc. Se não levar artigo, como é o caso de Lisboa, por exemplo, apenas se emprega a preposição (de ou outras).»
O uso de artigo com nomes de lugar (topónimos) depende muitas vezes de tais nomes derivarem ou não de substantivos comuns, que são nomes apelativos: exemplo disto é «o Porto»/«o porto», mas diz-se apenas «Lisboa», sem artigo, uma vez que não existe um substantivo comum com esta forma. No entanto, pode também suceder que o topónimo se use com artigo, apesar de não se conhecer o substantivo comum correspondente: «o Luso», «o Alfeite».
Nos casos vertentes, todos localizados na região de Setúbal (Portugal), parece que o uso do artigo ou é de esperar, porque derivam de nomes apelativos, ou é tradicional. Diga-se então: «o Faralhão», «o Bairro dos Pinheirinhos» (ou simplesmente «os Pinheirinhos») e «Creiro» (nome de uma praia).