Trata-se de um provérbio alusivo a quem é teimoso ou reincidente num erro, a ponto de se tornar um caso desesperado.
Uma ligeira variante tem registo, por exemplo, no Livro dos Provérbios Portugueses (Lisboa, Editorial Presença, 2003), de José Ricardo Marques da Costa: «Três vezes à cadeia é sinal de forca.»
Em fontes brasileiras, o provérbio aparece, por exemplo, na Revista do Arquivo Municipal (volume 38, 1937, p. 30), numa série relacionada com uma área temática identificada como "Experiência, opinião, tenacidade, contumácia".
N. E. (30/01/2022) – O consulente Manuel Malheiros enviou o seguinte comentário explicativo, que se agradece: «[O provérbio relaciona-se com] "ao fim das três tem vez". Vem da norma medieval odiosa que condenava à morte quem cometesse três furtos, fosse qual fosse o valor e as condições; por exemplo, [o furto] de três galinhas do mesmo galinheiro, que podiam ser considerados três furtos. Procurou evitar-se esta aberração criminosa através da teoria do crime continuado, que através da doutrina da unidade da ação considerava nesse caso um único crime, e não três.»