1. "Tanaque"/"Tanach"
Não parece haver forma estável para este substantivo, a avaliar pela ausência deste nome nas fontes consultadas (Dicionário Houaiss, Dicionário Onomástico Etimológico, de José Pedro Machado, Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, Dicionário Prático Ilustrado, da Lello e Irmãos).
2. Avesta, Avestá, Zendavesta e Zendavestá
O Dicionário Houaiss regista avesta, com o significado de «conjunto dos livros sagrados do zoroastrismo persa atribuídos ao profeta Zoroastro ou Zaratustra (s. VII a. C.), que contém uma cosmogonia de caráter maniqueísta, rezas, regras morais, procedimentos litúrgicos etc.» e a indicação de que se usa geralmente com maiúscula inicial.
Contudo, na lexicografia portuguesa, é tradição escrever-se Avestá e Zendavestá, conforme Rebelo Gonçalves recomendava no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra, Editora, Atlântida, 1947, pág. 318).
3. Veda/Vedas
Também registado pelo Dicionário Houaiss, na aceção de «cada um dos quatro livros religiosos hinduístas que vêm servindo de fundamento para a milenar tradição cultural indiana, inclusive na esfera profana», a que se junta o seguinte comentário: «Escritos em sânscrito, a partir de 2000 a. C., aprox., os Vedas incluem mitos, narrações históricas, poemas, hinos, prescrições rituais, fórmulas mágicas, tratados estéticos, científicos, jurídicos e militares, esboços de especulação filosófica etc.; os trechos mais recentes foram escritos por volta de 500 a. C.» Se se tratar do conjunto dos livros sagrados em apreço, usa-se no plural: Vedas.
É palavra escrita geralmente com maiúscula inicial, cuja pronúncia não reúne consenso quando usada como designação de livro sagrado do hinduísmo. O Dicionário Houaiss e o Aulete Digital apresentam em marca de uso um e fechado ("vêda"; cf. idem). No entanto, em Portugal, a transcrição fonética da palavra no dicionário da Academia das Ciências de Lisboa apresenta um e aberto ([vɛdɐʃ]).