É mesmo assim. As conjunções adverbiais especializam-se na selecção de uns tempos verbais, excluindo outros. A conjunção concessiva não é compatível com o futuro do conjuntivo, mas combina-se com todos os outros tempos do conjuntivo, inclusivamente quando estes participam em perífrases verbais com valor de futuro (ir + infinitivo: «Embora eu vá ter dificuldades...»). Em contrapartida, a conjunção temporal quando aceita a ocorrência do futuro do conjuntivo simples e composto, mas já rejeita a do pretérito perfeito do conjuntivo (*«quando eu tenha tido muito dinheiro, farei uma viagem». Não parece haver uma motivação semântica para este comportamento, pelo que se aceita que se trata de comportamentos idiossincráticos, semelhantes aos das regências verbais («penso em ti», cf. francês «je pense à toi»).