Comecemos pela designação da síndrome de imunodeficiência adquirida. O acrónimo SIDA é francês e corresponde à expressão syndrome d'immuno-déficience acquis. Em francês é possível estabelecer a relação entre quatro letras (SIDA) e quatro palavras (syndrome d'immuno-déficience acquis). Contudo, em português europeu, talvez em virtude essa relação não ser tão exata [temos 4 letras (SIDA) para 3 palavras (síndrome de imunodeficiência adquirida)], o nome da doença já se encontra substantivado: sida.
Quanto à coerência de HIV/SIDA, ou melhor, HIV/sida, é, de facto, recomendável que se usem ou só as formas inglesas (HIV/AIDS) ou só as formas portuguesas (VIH/sida). Relembro o desenvolvimento de cada sigla e acrónimo:
HIV: «Human immunodeficiency virus»
VIH: «vírus de imunodeficiência humana»
AIDS: «Acquired Immune Deficiency Syndrome»
SIDA: «síndrome de imunodeficiência adquirida»
Assim, o que se deveria empregar é a forma «VIH/sida», pelo menos, em Portugal.
[Dicionários consultados: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Oxford Advanced Learner´s Dictionary e Le Micro Robert – Dictionnaire d'aprentissage de la langue française.]