Heptalogia corresponde, de facto, a um conjunto de sete obras: formado por hepta, do grego heptá, elemento de formação de palavra que exprime a ideia de sete, e por logia, «elemento de formação pospositivo, de origem grega [-logía] e caráter nominal, que traduz a ideia de estudo, tratado» (Infopédia). Portanto, denominar a obra de Jon Fosse1 como heptalogia estaria, certamente correto.
Contudo, é igualmente correto afirmar que esta obra composta por sete partes é uma septologia. Note-se que esta é uma palavra híbrida do latim e do grego, i.e., composta por um elemento latino septem (sete), elemento de composição com o significado de «sete», e pelo já referido elemento de formação pospositivo grego -logia. No inglês, por exemplo, a obra de Jon Fosse é designada como Septology.
Cabe, portanto, concluir que heptalogia e septologia são termos sinónimos. Ainda assim, embora septologia seja o termo escolhido em Portugal para título da obra de Jon Fosse, tecnicamente, heptalogia seria uma alternativa válida e mais purista.
1 Note-se que, no caso em apreço, não temos uma obra organizada em sete livros, mas sim uma obra composta por sete partes organizadas em três livros: O outro nome – septologia I-II, O eu é um outro – septologia III-V, Um novo nome – septologia VI-VIII.