O Dicionário da Língua Portuguesa - 2003, Porto Editora, dá uma acepção possível, da área da Gramática, para essa palavra: trata-se de um «termo formado por elementos de línguas diferentes».
A Nova Gramática do Português Contemporâneo diz que «São palavras híbridas, ou hibridismos, aquelas que se formam de elementos tirados de línguas diferentes» (pág. 115), dando em seguida inúmeros exemplos: automóvel é composto por dois elementos - um primeiro, "auto", de origem grega e um segundo, "móvel", de origem latina; em sociologia acontece o contrário – "sócio" é de origem latina, enquanto "logia" é de origem grega.
O hibridismo encontra-se com frequência na língua portuguesa corrente, mas é muito comum na designação das áreas técnicas e científicas, ou seja, na língua dita "mais erudita". No entanto, saiba que uma palavra tão banal e popular como bicicleta é um hibridismo: tendo vindo para o português pela via do francês, a palavra é originalmente composta por "bi(s)", um elemento de origem latina que significa «dois», e «cicleta», que vem do grego "kyklos", que significa «círculo ou roda».