Não foi possível encontrar registo da forma em questão em fontes dicionarísticas, mas deve tratar-se de variante por deturpação de frenar, sinónimo de enfrear e travar, mas não de estacionar (a não ser que se conceba estacionar como parar).
Apesar de, para elaboração desta resposta, não se ter achado dicionário impresso ou digital que consigne o verbo em causa, uma busca Google permite detetar formas como "freinar" ou "freinou", interpretáveis como adaptação (aportuguesamento) do galicismo freiner, «travar» (sublinhado nosso):
(1) Vês aquela gentil chaffeur femenino que freinou agora mesmo o carro num gesto teatral e que pulou para o passeio?» ("As portas falsas do atelier de Madame Z", Repórter X. Semanário das Grandes Reportagens, n.º 32, 14/05/1932, pág. 12)
(2) «Freinou o carro no local indicado – mas C... F... não saiu.» ("Existe entre nós um individuo...", Repórter X. Semanário das Grandes Reportagens, n.º 102, 24/10/1932, pág. 14)
Os exemplos (1) e (2) podem muito bem ser uma especificidade (isto é, um idiotismo) do autor dos textos em referência – provavelmente o jornalista português Reinaldo Ferreira (1897-1935) –, mantendo a forma francesa frein- no radical do verbo que em português se deve pronunciar sem ditongo e, portanto, escrever frenar.
Uma ocorrência mais recente de "freinar" parece ser apenas a grafia incorreta de uma das formas da conjugação de frenar:
(3) «... a minha frente uma caminhonete freinou bruscamente e eu no meu carro, sem freio mas não consegui parar e bati.» (comentários a "Seguros de danos a terceiros no automóvel: como funciona?", in blogue O maior tira-dúvidas gratuito sobre seguros da Internet, 8/11/2013)
O verbo frenar, do latim freno, as, avi, atum, are, «pôr freio; refrear, reprimir; reter; domar, sopitar», é variante erudita de frear, com igual etimologia. Na mesma família de palavras, contam-se os verbos enfrear, desenfrear e refrear, bem como o substantivo freio, palavras relacionáveis com a noção associada a travar e travão, que constituem vocábulos bastante mais frequentes em Portugal para denotar uma paragem súbita e intencional.