Em Portugal, mural e moral são palavras não parónimas mas homófonas. Palavras parónimas são as que têm grafia e pronúncia próximas (p. ex.: descrição e discrição); homófonas são as que têm grafia diferente, mas que se pronunciam da mesma maneira (p. ex.: paço, «palácio», e passo, «deslocamento do pé apoiando o corpo»). Como moral e mural têm grafia diferente, mas pronúncia igual ([mural]), são palavras homófonas.
No entanto, no Brasil, dado que que as vogais átonas não se fecham como em Portugal, as palavras moral e mural têm pronúncias ligeiramente diferentes e são, portanto, parónimas. Assim, se mural representa a sequência de sons [mural], a primeira sílaba de moral não chega a fechar em [u], pelo que pode ser lida como [môral] (há variação; cf. Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Lucerna, 2002, pág. 76).