A passiva sintética caracteriza-se por:
a) manutenção do verbo na voz activa;
b) presença da partícula apassivante se, que veicula o sentido passivo;
c) não ter expresso o complemento agente da passiva;
d) manter o sujeito na posição que compete ao complemento directo na voz activa, ou seja, em posição pós-verbal.
b) presença da partícula apassivante se, que veicula o sentido passivo;
c) não ter expresso o complemento agente da passiva;
d) manter o sujeito na posição que compete ao complemento directo na voz activa, ou seja, em posição pós-verbal.
Assim, a forma passiva sintética que equivale rigorosamente a (1) é a que contém o verbo exactamente no mesmo tempo, modo e grau de complexidade (simples ou composto), mas em que o complemento directo passa a sujeito e o sujeito desaparece, pois não dá lugar à representação enquanto complemento agente da passiva:
(1) Eu tinha planeado uma bela festa (voz activa).
(1.1) Tinha-se planeado uma bela festa (passiva sintética).
(1.2) Uma bela festa tinha sido planeada por mim (passiva analítica).
(1.1) Tinha-se planeado uma bela festa (passiva sintética).
(1.2) Uma bela festa tinha sido planeada por mim (passiva analítica).
No caso do exemplo (2) chamo a atenção para o facto de o particípio passado ter flexão apenas quando associado ao verbo ser, ou seja, na passiva analítica.
(2) Alguns professores têm sido procurados na escola (voz passiva analítica).
(2.1) Têm-se procurado alguns professores na escola (passiva sintética).
(2.2) Os alunos têm procurado alguns professores na escola (voz activa).
(2.1) Têm-se procurado alguns professores na escola (passiva sintética).
(2.2) Os alunos têm procurado alguns professores na escola (voz activa).
