Os merónimos e os holónimos estabelecem uma relação de parte-todo. Por exemplo, se falamos do holónimo peixe, podemos identificar os merónimos barbatanas, guelras, escamas, etc. Em princípio, pelo merónimo, ou parte, consegue chegar-se ao todo, à unidade, da qual se identificam as diversas partes. Ora, parece-me difícil estabelecer, indubitavelmente, esse tipo de relação entre alguns dos elementos que enuncia. Convém, no entanto, realçar que muitas destas interpretações dependem do contexto em que se fazem.
Pensando em água, por exemplo, talvez possamos encará-la como holónimo de oceano, pois há água para além dos oceanos, mas não oceanos sem água… Não sei se poderemos dizer que peixe é elemento constitutivo do oceano, embora o oceano seja o habitat de muitos peixes… As rochas só em contextos bem definidos seriam associadas, inequivocamente, a oceano.
Na verdade, creio que o tipo de relação que se estabelece entre os elementos que refere, mais do que uma relação de holonímia e meronímia, ou parte-todo, é uma relação lexical, de campo lexical, em que os elementos referidos podem associar-se a um determinado conceito: o oceano.