É uma palavra que, embora não se encontre dicionarizada, é possível – trata-se de um vocábulo bem formado, derivado do tema do verbo cozinhar – e até tem tido uso. O valor que se lhe associa é geralmente um tanto irónico, significando «fazer comida convencional, que até pode ser saborosa, sem chegar ao requinte da arte culinária ou ter preocupações de tipo gastronómico»:
1. «A-Leng revelara uma grande queda para a cozinhação. Confecionava a preceito pratos de culinária chinesa, mas ainda não conseguia o apuramento ideal na comida macaense e na portuguesa.» (Henrique de Senna Fernandes, A Trança Feiticeira).
Observe-se, porém, que não é uma palavra acerca da qual se possa afirmar que tem grande difusão ou que é aceite sem hesitação, ou, ainda, que é sempre adequada a qualquer discurso que verse sobre cozinha – não o será, dada a sua carga irónica ou até depreciativa.