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O termo maternagem ocorre sobretudo entre especialistas, mas já tem registo em dicionários gerais, pelo menos, no dicionário Priberam. , onde é atribuído à linguagem da psicanálise com o significado de «técnica psicoterapêutica que visa estabelecer entre o terapeuta e o paciente uma relação semelhante a uma relação entre mãe e filho». Neste dicionário, a palavra é apresentada como criação do português, sem indicação de se tratar de estrangeirismo. Contudo, é provável que o termo tenha sido introduzido através do contacto com a bibliografia em francês, onde a forma maternage ocorre como equivalente a attachment parenting, ou seja, como «vinculação parental».
A palavra francesa, constituída por elementos de origem românica e latina, adapta-se sem dificuldade ao português como maternagem, que dispõe de formas nativas (vernáculas) desses mesmos elementos: matern(o) + -agem.
Em suma, mesmo que historicamente maternagem tenha começado como decalque do francês, configurando, portanto, um caso de estrangeirismo, não há razão para rejeitar esta palavra tanto na língua de especialidade como no discurso mais corrente.