Quando nos referimos a um campo (de futebol) pelado, o adjetivo pelado não tem de ter qualquer tratamento especial: aspas, plicas ou itálico. Quer dizer «campo sem relva», de terra batida. Daí o termo peladinha [pelada + inha], de uso popular no Brasil: «Jogo de futebol informal e amador».
Trata-se de um dos muitos significados atestados em qualquer dicionário: «Que ou aquele que não tem pêlo», «calvo», «que traz o cabelo cortado à escovinha», «careca», «finório», «campo de futebol sem relva»; e «nu», no Brasil (in Dicionário Priberam).
Pelado é também o particípio passado do verbo pelar: «tirar a pele a», «tirar a casca de um fruto ou de um legume»; e, em sentido figurado, «tirar os haveres a alguém, deixando-o sem nada.» (in Dicionário Online de Português). Na conjugação pronominal, pelar-se por = «gostar muito de» Ex.: «Pelo-me por peixe fresco».
Em relação a infraestrutura, como já se esclareceu anteriormente aqui e aqui, com as novas regras estabelecidas na Base XVI do Acordo Ortográfico de 1990, a palavra passou a escrever-se sem hífen. Escrevia-se com hífen segundo a norma de 1945, anterior à atual oficialmente em vigor no Brasil, em Cabo Verde e em Portugal (cf. Base XXIX).