Significa o mesmo que passarada.
Trata-se de uma palavra possível, de que o poeta se apropriou, provavelmente porque o sufixo -ame tem um valor expressivo depreciativo que quebra a associação convencional positiva ou encarecedora do amor à natureza.
Segundo o Dicionário Houaiss, o sufixo -ame, com origem no sufixo latino -amine-, figura «em vários vocábulos, generalizado depois com a noção principal de 'coleção, coletivo, porção', aumentativo e, às vezes, pejorativo: alceame, balame, baldrame, bicame, cabelame, cartuchame, cavername, cordame, correame, cuiame, dinheirame, encame, enxame, esparrame, espigame, esteirame, filame, fivelame, folhame, formigame, friame, girame, gravame, ladeirame, madeirame, massame, matame, moçame, monhezame, mulatame, mulherame, pelame, pername, poleame, pinheirame, quartilhame, raizame, talhame, torreame, varame, vasilhame, velame, vergame».