A forma previsível e indiscutivelmente correta é priscense, tal como de Celorico (de Basto, da Beira) se deriva celoricense.
No entanto, sem que se lhe possa dar prioridade normativa, pode aceitar-se priscuense, à semelhança de marcuense, arcuense ou portuense, gentílicos relativos a Marco de Canaveses, Arcos de Valdevez e Porto, respetivamente.
Acrescente-se que, no plano etimológico, há quem identifique Priscos com um apelido homónimo originário de prisco, «antigo» (cf. José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, 2003). Contudo, esta hipótese foi contestada pelo historiador A. Almeida Fernandes (Toponímia Portuguesa. Exame a um Dicionário, 1999), que propôs que o topónimo fosse uma deturpação de Piiscos, forma que ocorre na documentação medieval e que terá evoluído da forma latina não atestada *piniscu, «relativo a rochedos ou pinheiros».
N. A.: Foi nesta freguesia que surgiu o conhecido pudim do Abade de Priscos, uma especialidade da doçaria portuguesa. Este doce é criação do Padre Manuel Joaquim Machado Rebelo (Turiz, 29/03/1834 – Vila Verde, 24/09/1930), que foi pároco (ou abade) de Priscos.