Segundo Rodrigo de Sá Nogueira (Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem, 1989, pág. 24), é preferível empregar mais de e menos de com numerais cardinais e fraccionários (p. ex., metade, um terço):
«Quanto a mais de e menos de, em frases como "Pedro tem mais de 30 anos" e "Pedro tem menos de 30 anos", não se trata propriamente de expresssões comparativas; o mesmo se pode dizer de: "Pedro tem mais que 30 anos" e "Pedro tem mais que 30 anos". — Destes dois grupos de expressões, parecem-me mais recomendáveis "mais de" e "menos de 30 anos" do que "mais que" e "menos que 30 anos".»
Observe-se, porém, que Sá Nogueira não esclarece por que motivo é melhor «mais/menos de». Seja como for, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa classifica mais de como locução pronominal indefinida, na acepção de «para cima de»: «Comeram mais de metade do bolo».