Antes de se formular a norma de utilização das duas construções, importa reflectirmos sobre os seguintes casos de uso das duas hipóteses apresentadas:
1 – «Ela será julgada por todo o seu comportamento anterior, independentemente da sua participação no acto em causa.»
2 – «Todos os indivíduos terão as mesmas oportunidades, independentemente da sua religião ou das suas crenças políticas.»
3 – «Independentemente do que tenha feito, ela será julgada por todo o seu comportamento anterior.»
4 – «Todos os indivíduos terão as mesmas oportunidades, independentemente do que pensem, sonhem ou creiam.»
5 – «Ele é um bom profissional, independentemente de ser uma má pessoa.»
6 – «Tu serás compensada pelos serviços que prestaste, independentemente do que se passou entre os elementos da equipa.»
7 – «Não o receio, independentemente de que tipo de pessoa venha a revelar-se.»
Perante estes exemplos, podemos inferir que «independentemente de/do(s)/da(s)» se usa antes de uma expressão nominal (nome, substantivo – 1, 2) ou de um verbo no infinitivo (5), enquanto «independentemente de/do que» introduz uma frase (3, 4, 6, 7).