Não são muitos os colectivos. Maximiano Augusto Gonçalves (brasileiro) conseguiu coleccionar 233 na sua obra "Questões de Linguagem", 10.ª edição.
Podemos dividir os colectivos em dois grupos:
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Colectivos específicos – aqueles que designam um conjunto especial, atribuído a determinados seres: arquipélago (de ilhas), alcateia (de lobos), cáfila (de camelos), etc.
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Colectivos não específicos – aqueles que abrangem mais de uma espécie de seres: caravana (de mercadores, peregrinos, romeiros, viajantes), praga (de mosquitos, gafanhotos, insectos, percevejos), etc.
O colectivo de borboletas é cardume (não específico). Mas como nos servimos do sufixo -ada para formar colectivos (boiada, criançada), podemos formar borboletada – colectivo específico.[Cf. Panapaná: bando de borboletas]
Para médicos, há o substantivo junta, igualmente não específico, pois que a junta pode ser também de pessoas, bois ou vacas.
Quando o colectivo não é específico, temos de mencionar os seres a que se refere: junta de médicos, caravana de mercadores, cardume de borboletas.
Na obra que mencionei, não há colectivo de tubarão. Mas como o tubarão é um peixe, poderemos servir-nos do colectivo cardume, que também se usa relativamente aos peixes. Diremos, então, "um cardume de tubarões".
Não encontro colectivo que possamos aplicar a um conjunto de cobras. E talvez não haja, porque não me consta que as cobras vivam em conjuntos.
N.E. - Segundo alguns dicionários, nomeadamente o Dicionário da Porto Editora e o Aurélio, alcateia não é colectivo específico de lobo, mas sim colectivo igualmente de outros animais ferozes, como o leão, o tigre, etc.