A rigor, da série apresentada, não resultam palavras divergentes, mas, sim, radicais divergentes, isto é, formas não autónomas, às quais se associam afixos (prefixos e sufixos). Deste modo:
1. lacu-
Não há verdadeiras palavras divergentes, mas há um caso de palavra derivada em latim que depois evoluiu em português como duas palavras divergentes: lacuna- > lagoa (via popular), lacuna (via erudita)
2. vinu-
Também não há palavras divergentes. Neste caso, a divergência evidencia-se nos radicais: vinu- > vinho (via popular), mas vínico (radical vin- por via erudita).
3. rege-
Por uma questão de coerência, deve escrever rege- sem o -m do acusativo, porque se aceita que foi essa forma que deu origem à flexão nominal em português. Também aqui não há palavras divergentes, mas, sim, radicais divergentes: rege- > rei (via popular), régio (reg-, por via erudita).