1. A derivação é um processo de formação de palavras em que os afixos associados a uma forma de base determinam não só a categoria sintáctica, mas também todas as propriedades gramaticais das palavras derivadas: género, traços semânticos, conjugação (no caso dos verbos)
No processo morfológico de modificação, os afixos não determinam as propriedades gramaticais das formas que integram [é o caso da formação dos aumentativos, diminutivos, do superlativo absoluto sintético dos adjectivos, assim como de algumas formas de prefixação, como feliz – infeliz; fazer – refazer; atar – desatar].
1.1. Casario é uma palavra formada por derivação sufixal: é activado o sufixo -io, com o valor semântico de reunião, colectivo (-r- é uma consoante de ligação). Trata-se do processo de derivação, e não do de modificação, porque há determinação de género e de traço semântico:
casa (feminino; contável) – casario (masculino; não contável)
Outros exemplos:
mulher (feminino; contável) – mulherio (masculino; não contável)
folha (feminino; contável) – folhagem (feminino; não contável)
2. Chuva – chuvisco: processo de formação por associação de sufixo derivacional (há determinação do valor de género).
Chuvisco – chuviscar: adjunção da vogal temática -a- (1.ª conjugação) e do morfema de infinitivo -r. Trata-se do processo de conversão, pois a forma de base é integrada numa nova categoria sintáctica sem recurso a sufixo.
Outros verbos formados por conversão:
culpa – culpar
samba – sambar
baliza – balizar