A derivação pode ser própria e imprópria.
Derivação própria é aquela em que adicionamos um sufixo a um adjectivo para formarmos um substantivo, verbo etc. ou vice-versa.
Muitos substantivos abstractos derivam de adjectivos. Exemplos: amabilidade, altivez, beleza, alegria, tolice, altitude, doçura, realismo.
Os sufixos que transformam os substantivos em adjectivos são muito numerosos. Exemplos: prosaico, amarelado, maníaco, conjugal, escolar, luterano, diário, caseiro, solarengo, ferrenho, terreno, forense, cortês, ciumento, róseo, burlesco, mourisco, celeste, europeu, natalício, geométrico, melancólico, senhoril, cristalino, israelita, risonho, brioso, aromático, rústico, barbudo, etc.
Como vemos, há sufixos que caracterizam os substantivos, e sufixos que caracterizam os adjectivos.
Actualmente, o sufíxo -ista vai tendo largo uso quer para os substantivos quer para os adjectivos. Exemplo: «Aquele pianista segue os princípios da religião budista.»
Derivação imprópria é aquela em que um adjectivo passa a ser usado directamente como substantivo concreto, ou um substantivo passa a funcionar como adjectivo.
Exemplo de adjectivos que passaram a funcionar como substantivos: «Este assunto é capital», «Brasilia é a capital do Brasil», «Esta rua é circular», «Esta circular facilita muito o trânsito».
A derivação imprópria dos substantivos que passam a adjectivos é pouco frequente. Exemplos: «Ele não é nada burro», «Esse teu vestido de tom rosa é muito gracioso», etc.
Os gentílicos funcionam frequentemente como substantivos e como adjectivos. Exemplos: «Aquele japonês namora uma bela brasileira», «Aquela inglesa tomou um banho escocês», etc.