Na teoria da narrativa ou em narratologia, elipse constitui apenas, para usar a expressão do consulente, um «avanço no tempo», na medida em que contribui para acelerar a ação narrada. Assim, no âmbito dos estudos em referência, a elipse consiste na «[...] eliminação de partes da acção que ajudam à economia da narrativa e não são importantes para a compreensão da história narrada» (Carlos Ceia, Carlos Ceia, s. v. Elipse, E-Dicionário de Termos Literários, coord. de Carlos Ceia). Por exemplo, em Os Maias, de Eça de Queirós, existe uma elipse do capítulo II (que termina com a morte de Pedro da Maia, sendo Carlos da Maia ainda um bebé) ao capítulo III (anos depois, em Santa Olávia).
Quanto à prolepse, trata-se de uma «alteração da ordem sequencial dos acontecimentos, antecipando alguns que ainda não tenham ocorrido ou fazendo simplesmente um sumário de uma situação que virá a ocorrer» (Lurdes Trilho, s. v. Prolepse, E-Dicionário de Termos Literários, idem)
Recorde-se que elipse é também o termo que designa um processo sintático (ver também os Textos Relacionados).