A divisão silábica tem por base a pronúncia das palavras e faz-se por soletração, mas assenta na grafia convencionada para a mudança de linha (translineação).
As regras para a divisão silábica – da gramática tradicional e da Base XX, do atual Acordo Ortográfico – determinam que, nos casos de grupos consonânticos em que as «consoantes são iguais, estas separam-se obrigatoriamente» (José Nunes de Figueiredo e António Ferreira, Compêndio de Gramática Portuguesa, Lisboa, Bertrand, 1965, p. 43).
Assim, a divisão silábica de pessoa é feita do seguinte modo: pes•so•a.
Por sua vez, tanto o AO como a tradição aconselham que as «vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui, ora-ção, sacris-tães, traves-sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita» (AO), ou seja, «podem separar-se as vogais ou ditongos decrescentes» (José Nunes de Figueiredo e António Ferreira, ob. cit., p. 44).
Por isso, a divisão silábica de relógio é feita da seguinte forma: re•ló•gi•o.
Nota: Para os casos de dúvida sobre divisão silábica, acentuação e sílaba tónica (para além da grafia), aconselha-se a pesquisa no Portal da Língua Portuguesa e no Dicionário da divisão silábica, recursos disponíveis da responsabilidade do ILTEC, que respeitam o novo Acordo Ortográfico.