O critério proposto parece seguro desde que se tenha em conta que tal preposição faz sempre parte da regência do verbo da oração subordinada relativa livre. Por outro lado, a compatibilidade ou incompatibilidade resultam efetivamente da semântica do verbo que seleciona a oração.
Assim, quanto ao verbo imaginar, já aqui se comentaram as suas propriedades semânticas: como sinónimo de adivinhar, permite que uma oração introduzida por quem preposicionado seja interpretada como interrogativa indireta: «Imagino quem entrou na sala»; «Imagino de quem ela falou». Já como equivalente a visualizar, a oração é interpretada como relativa livre, e a frase deixa de ser aceitável — a não ser que substitua quem por uma construção de antecedente e que ou quem preposicionado: «Imagino aquele que entrou na sala»; «Imagino aquele de quem ela falou».