A palavra mantém a grafia de antes: coxofemoral – cf. Vocabulário Ortográfico do Português e Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora.
No quadro da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 (AO 90), os radicais de composição são tratados como os prefixos, isto é, seguem o disposto nos n.os 1 e 2 da Base XVI. Sendo assim, os radicais terminados em vogal (como é o caso de coxo- ou cardio-), aglutinam-se sem hífen ao elemento seguinte, se este começar por consoante (coxofemoral) ou por vogal diferente (cardioangeologia). Quando o segundo elemento começa por r ou s, dobram-se estas letras: cardiorrespiratório, cardiossínfise. Os prefixos e radicais com vogal final só se usam com hífen, quando se segue um segundo elemento de composição que começa com vogal idêntica ou h: micro-ondas, eletro-hidrómetro.
Acrescente-se que coxo- é um « elemento de formação de palavras que exprime a ideia de coxa» (Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora) e femoral é um adjetivo cujo significado é relativo ao fémur, «osso da coxa que é o mais longo e resistente do corpo humano», segundo o Dicionário de Termos Médicos da Porto Editora, o qual acrescenta: «O fémur articula-se, na sua extremidade superior (cabeça do fémur), com o osso ilíaco através da cavidade cotiloide ou cotiloideia (articulação coxofemoral ou articulação da anca) e, na extremidade inferior, com a tíbia e com a rótula (articulação do joelho), através do côndilo interno e do côndilo externo.» Coxofemoral significa, portanto, «relativo ou pertencente ao osso coxal ou ilíaco e ao fémur» (idem).