O Acordo Ortográfico de 1990 não alterou a grafia dos nomes próprios, onde se incluem os nomes dos continentes e de todo o tipo de topónimos (nomes de países, cidades, vilas, aldeias e localidades), assim como dos nomes de pessoas (antropónimos), tal como se pode verificar pelo que estipula a Base XIX («Das maiúsculas e das minúsculas») do AO:
«A letra maiúscula inicial é usada:
a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.
b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida, Hespéria.»
Portanto, os continentes (Europa, África, Ásia, América, Oceânia) assim como os países (Portugal, Espanha, França, etc.), as cidades (Lisboa, Setúbal, Coimbra, Londres, etc.), as vilas e todos os outros topónimos continuam a escrever-se com maiúscula inicial1.
1 Relativamente à mudança para minúscula, o AO determina o seguinte: «A letra minúscula inicial é usada:
a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.
c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do Paço de Ninães, O Senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho, Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e tambor.
d) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste)
e) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena).
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).