O Houaiss apresenta a forma beringela como preferível a “berinjela”, não excluindo, no entanto, esta última, única registada no Aurélio. Nos dicionários portugueses não há controvérsia: beringela escreve-se com g. É esta também a nossa opinião, dado o facto de, segundo o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, os primeiros registos desta palavra em português serem já com g: berengensa (séc. XIV), bringella (séc. XV), berengelas (séc. XVI).
Esse dicionário apresenta as seguintes abonações:
– “De color de berengensa”, João de Gaia, no Cancioneiro da Biblioteca Nacional, composição n.º 1864 (séc. XIV);
– “Toma hũa bringella e abre a en quartos e deita lhe hũ pouco de sal e espreme a duas vezes”, Livros de Falcoaria (séc. XV);
– “Berengelas e pepinos / e cabra curada oo ar”, Gil Vicente, Auto da Lusitânia (1532).
N.E. O autor escreve segundo a Norma de 1945.