A questão colocada envolve, como bem afirma o consulente, um processo de concordância.
Em (1), o núcleo do sujeito da frase é «a equipa», ou seja, um constituinte equivalente à 3.ª pessoa do singular. Por esse motivo as concordâncias com este núcleo devem ocorrer na mesma pessoa e número.
(1) «A equipa da empresa Y comunica com pesar e consternação o falecimento da Sra. X, mãe da esposa do seu colega Z.»
Deste modo, está correto o uso do determinante possessivo seu, uma vez que ele se encontra na 3.ª pessoa do singular.
O uso do possessivo de 1.ª pessoa do plural poderia ocorrer se o núcleo da concordância fosse o pronome nós, como poderia acontecer numa frase como a que se apresenta em (2):
(2) «Nós, membros da equipa da empresa Y, comunicamos com pesar e consternação o falecimento da Sra. X, mãe da esposa do nosso colega Z.»
Finalmente, uma frase como a que se apresenta em (3) poderia dar azo a interpretações dúbias porque o determinante nosso poderia estar a concordar com um antecedente que não está expresso ou que seria reconstituído pelo contexto, que poderia corresponder a algo como o que indica entre parênteses retos:
(3) «[Nós ficámos agradecidos quando] a equipa da empresa Y comunicou com pesar e consternação o falecimento da Sra. X, mãe da esposa do nosso colega Z.»
Certo é que, formalmente, nosso não pode concordar com «a equipa».
No entanto, refira-se que, em contexto menos formais, pode ocorrer uma concordância siléptica, ou seja, uma concordância que se processa não com o que está escrito, mas com aquilo que o locutor tem em mente. Desta forma, se o locutor trabalhar na empresa, pode assumir a concordância do constituinte «nosso colega» que a ideia de «nós somos a equipa». Esta concordância pode ter lugar na oralidade, mas na escrita deve optar-se pela concordância assinalada em (1) para não gerar ambiguidades.
Disponha sempre!