1. O vocábulo "como" assume várias funções gramaticais.
Segundo a gramática tradicional portuguesa, morfologicamente, os vocábulos "como" e "como que" nos exemplos apresentados são conjunções subordinativas comparativas.
Não têm denominação sintáctica: as conjunções são vocábulos que servem para relacionar duas orações ou termos de orações, mas que não têm em si uma função sintáctica no interior da oração.
2. No caso da primeira frase, sob o ponto de vista semântico a expressão "como que" significa "algo semelhante a", "algo como se fosse", estando aí, pois, presente a ideia de comparação.
No entanto, sob o ponto de vista sintáctico, o facto de não estar expressa a palavra "algo", que constituiria o 1.º termo de comparação, poderia levar a que essa locução "como que" pudesse ser entendida como uma partícula expletiva ou até como um advérbio (= aproximadamente, mais ou menos).
Considerando todos os aspectos, e, sobretudo o facto de esta frase ter de ser também analisada sob o ponto de vista da estilística, o valor semântico condiciona o sintáctico e a classificação morfológica é a de conjunção comparativa, melhor dizendo, locução conjuncional comparativa, já que é composta por duas palavras.
3. No caso da segunda frase, está omissa parte da segunda oração: "como se fosse uma pedra preciosa". O vocábulo "como" é uma conjunção comparativa pois introduz uma comparação com uma parte da oração anterior (algo).