Nas cantigas de amor o poeta exalta a formosura feminina. D. Dinis considerava a sinceridade emotiva como índice de valorização lírica. Trata-se essencialmente de poesias palacianas. Já as cantigas de amigo são populares, mesmo que artificialmente, quando feitas pelo mesmo rei, por exemplo. A paralelística é a forma mais genuína destas, e nelas se vai buscar à repetição a substância do seu estilo, praticando-se o pleonasmo e a anáfora. Nas segundas, uma suposta rapariga pela boca do poeta dialoga geralmente com a mãe ou uma amiga acerca do seu amigo, isto é, namorado.