Em Portugal, durante mais de duas dezenas de anos, os programas da disciplina de Português incluíam sempre, a par da lista de tipos de frases, uma outra lista, a das formas de frase. Actualmente, os tipos de frase ainda se mantêm como itens programáticos, mas as formas de frase parecem já não constar dos conteúdos gramaticais. Esta omissão talvez se justifique por se tratar de uma tipologia discutível que envolve dimensões semânticas e sintá{#c|}que não dizem respeito só à frase.
Pode-se, de qualquer forma, considerar a existência de seis formas de frase que se organizam em pares (ver Olívia M. Figueiredo e Eunice B. de Figueiredo, Dicionário Prático para o estudo do Português):
— afirmativa (sem marcas de negação) vs. negativa (com marcas de negação): «enviou uma carta» vs. «não enviou uma carta»/«não enviou carta nenhuma»/«nunca enviou uma carta»/«ninguém enviou uma carta»;
— activa (o sujeito = agente) vs. passiva (sujeito = paciente): «o João escreveu uma carta» vs. «uma carta foi escrita (pelo João)»;
— neutra (sem destaque dos constituintes da frase) e enfática (com destaque dos constituintes da frase): «o João escreveu uma carta» vs. «o João escreveu UMA CARTA» (destaque dado pela entoação)/«uma carta, o João escreveu» (topicalização)/«foi uma carta que o João escreveu» (focalização).