A regência correta de vontade é indiscutivelmente com de.
No entanto, há de facto quem empregue a preposição em antes de infinitivo, uso que não tem sido objeto de censura normativa, nem é de molde a considerá-lo incorreto de forma perentória. Digamos, portanto, que se aceita.
Sobre esta questão, vale a pena consultar, no blogue Linguagista, o apontamento que Helder Guégués dedicou a esta regência e os comentários associados: Nesta publicação, dá-se uma abonação de «vontade em», do escritor e colunista António Sousa Homem (Porto, 1921):
(1) «D. Ester, minha mãe, acreditava que a generosidade do gesto tinha mais a ver com a vontade em se ver livre da gritaria do que com a sua aversão às plantas» (António Sousa Homem, Um Promontório em Moledo, Bertrand, p. 221).