A expressão «dar vontade de fazer algo» é sinónima de «ter vontade de fazer algo». A diferença sintáctica é que nesta última existe um sujeito explícito, por exemplo: «Eu tive vontade de estudar», ao passo que, nesta acepção do verbo dar, o sujeito é inexistente.
Assim, a análise sintáctica da frase é:
— Sujeito nulo expletivo
— Predicado: «deu-me vontade de estudar»
— Complemento indirecto: «me»
— Complemento directo: «vontade de estudar
(por sua vez o constituinte «de estudar» é complemento do nome vontade)
Nota: Um forte argumento a favor de o grupo nominal «vontade de estudar» não ser o sujeito da frase é que o mesmo não desencadeia a concordância com o verbo. Dado que vontade é um nome não contável, vamos substituí-lo por outro: «Deu-me desejos de comer fruta» e não «?? Deram-me desejos de comer fruta».