Trata-se de uma interpretação quer do artigo em causa* quer do Dicionário Priberam que é aceitável. No entanto, se usar a forma sem hífen não incorre em erro – pelo contrário, emprega até o que se recomenda, porque os vocabulários ortográficos existentes fixam a forma «mão de obra», sem hífen.
*Trata-se do artigo intitulado "O uso do hífen segundo o Acordo Ortográfico" de Roberto Sarmento Lima, no qual este autor mantém o hífen em formas como pé-de-moleque, pão-de-ló, mão-de-obra., as quais podem ser grafadas assim, mesmo no contexto do Acordo Ortográfico de 1990 (AO), se se considerar que são «exceções já consagradas pelo uso» (n.º 6, Base XV). Mas, sobre os compostos que contenham elementos de ligação (isto é, preposições), refira-se que os vocabulários ortográficos existentes registam pé de moleque, pão de ló e mão de obra sem hífen, generalizando o preceito aplicado a cão de guarda, fim de semana e sala de jantar, também conforme o mesmo n.º 6 da Base XV do AO. Consulte-se o Vocabulário Ortográfico do Português do Portal da Língua, o vocabulário ortográfico da Porto Editora, o Vocabulário Ortográfico Atualizado da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras e o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (no Instituto Internacional da Língua Portuguesa). Neste, como noutros casos, deve dar-se prioridade às formas fixadas pelos vocabulários ortográficos.
N. E. – Resposta atualizada em 29/10/2016.