Falar de importação de palavras é falar de empréstimo linguístico. Este é um processo de transferência lexical entre dois sistemas linguísticos (empréstimo externo) ou entre dois domínios de referência dentro da mesma língua (empréstimo interno).
As unidades lexicais originadas por importação de outro sistema linguístico ou de outro registo terminológico dentro da língua servem para colmatar uma falha de denominação ou conceito no sistema linguístico que o adopta.
Um exemplo de empréstimo interno ou importação interna é a palavra rato (é utilizada na terminologia da zoologia, mas passou a ser também utilizada na terminologia da informática).
A importação permite assim enriquecer a língua lexicalmente.
A extensão semântica, por seu lado, consiste no alargamento do campo semântico de uma palavra. É uma característica própria da evolução das unidades lexicais que adquirem novos significados através do uso. Por exemplo, a palavra janela passou a ser um termo aplicado à informática por extensão semântica.
A extensão semântica é um processo muito produtivo, originado por neologia semântica, que contribui para a transferência de unidades lexicais entre a língua geral e as línguas de especialidade. No fundo, a extensão semântica contribui para a formação de empréstimos internos.