Quando me refiro à palavra invernia, algumas vezes corrigem-me sugerindo que use invernada.
Gostava de saber se posso continuar a usar a expressão «áreas tradicionais de invernia de grous...», por exemplo.
Grato.
A frase «sendo assim, convidamo-lo a preencher a ficha anexa para podermos realizar a sua inscrição» está correta, ou não?
É correto usar «Sendo assim, o convidamos a preencher a ficha anexa para podermos realizar a sua inscrição»?
No espanhol-padrão, as oclusivas vozeadas [b], [d] e [ɡ] são realizadas como aproximantes, isto é [β], [ð] e [ɣ], em posição intervocálica ou antes de certas consonantes. O mesmo processo de debilitamento já foi observado no português europeu e descrito inúmeras vezes por muitos fonetistas, no entanto, eles parecem não concordar no aspecto sociolinguístico deste fenómeno. Enquanto alguns autores sustentam que este debilitamento pertence, sem dúvida, ao português europeu-padrão, outros registam-no como uma pronúncia completamente regional. E alguns não chegam sequer a mencioná-lo. Gostaria de conhecer, por favor, a vossa opinião sobre este assunto, como falantes nativos e bons conhecedores da língua. Seria conveniente adotá-lo, ou não?
Muito obrigado.
Sou portuguesa, mas vivo atualmente no Brasil. Gosto de ouvir e comparar as especificidades regionais da língua mas, por vezes, surgem-me algumas dúvidas quanto à "gramaticalidade" de algumas construções frásicas. Uma delas inclui o uso que os brasileiros fazer do pronome interrogativo qual – ou que nós não fazemos, dependendo do ponto de vista. :)
Em Portugal (pelo menos em Lisboa, que é de onde eu sou) não é comum usar o pronome interrogativo qual a preceder imediatamente um substantivo. Normalmente usamos o que: «Em que casa é que ela vive?» (E não «Em qual casa...?»); «Para que dia ficou marcada a reunião?» (e não «Para qual dia...»); «Com que roupa é que vais?» (e não «Com qual roupa...?»), etc.
Usamos normalmente o qual se ele surge como pergunta inteira («– Gosto daquele relógio»; «– De qual?») ou se vem diretamente antes de um verbo (incluindo o famoso auxiliar de perguntas «é que»): «De qual é que gostas mais?»; «De quais gostas mais?»
No entanto, ouço com bastante regularidade os brasileiros utilizarem «de/em/para qual + substantivo». Um dos exemplos mais comuns é com os dias: «Em qual dia da semana você nasceu?» (Enquanto um lisboeta perguntaria: «Em que dia da semana...?»)
A minha pergunta é (sem pôr em questão a legitimidade da prática popular dos brasileiros em fazer uso dessa construção): do ponto de vista puramente gramatical, é possível dizer que está correto perguntar «qual + substantivo» («Em qual dia?»), ou soa-me mal simplesmente porque eu não estou habituada?
Desde já agradeço antecipadamente a resposta a esta dúvida. E agradeço pelo vosso excelente trabalho em geral. Um verdadeiro serviço de utilidade pública!
Obrigada!
Qual a pronúncia correta da palavra Apocalipse: "pó", ou "pu"? Será que me podem esclarecer sobre esta matéria?
Muito obrigada.
Qual a diferença entre judicial e jurisdicional?
Quando traduzo «contrôle juridictionnel» (fiscalização pelo juiz), qual dos dois adjetivos devo empregar?
Não consigo encontrar um significado objetivo da expressão «a formiga tem catarro» para relacionar com o fim de vida de Tenório (Bichos, Miguel Torga).
Poderiam dizer-me o seu significado, por favor?
Poderiam dar-me uma explicação quanto à colocação do acento agudo nas formas do plural dos substantivos terminados em -l? Porquê jornal < jornais, animal < animais mas papel < papéis, caracol < caracóis?
Obrigada!
Surgiu-me uma dúvida quanto aos recursos estilísticos usados n´Os Lusíadas. No canto IV, na estância 30: «Derriba, e encontra, e a terra enfim semeia / Dos que a tanto desejam, sendo alheia.»
Há alguma metáfora? Se sim, pode explicar porquê?
Obrigado.
Não consigo perceber clara e inequivocamente a distinção entre a modalidade epistémica com valor de probabilidade e a modalidade epistémica com valor de possibilidade. Poderiam fornecer alguns exemplos? No Dicionário Terminológico não se faz esta distinção, mas as gramáticas fazem-na, e surgem questões em exame nacional que pressupõem que os alunos consigam perceber as diferenças.
Obrigada.
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