Tradicionalmente, no ensino do português em Portugal, considerava-se que a análise sintáctica era a que tratava das funções que palavras ou expressões (constituintes) tinham numa frase particular:
«O João comeu um bolo»
sujeito: «O João»
predicado: «comeu»
complemento directo: «um bolo»
Ainda no quadro tradicional, a análise morfológica era a que tratava de identificar a classe a que uma palavra pertencia:
«O»: artigo definido
«João»: substantivo próprio
«comeu» (terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo comer): verbo
«um»: artigo indefinido
«bolo»: substantivo comum
Actualmente, com a nova terminologia linguística para o ensino básico e secundário (TLEBS), a análise sintáctica corresponde ainda ao que acima descrevi, mas a análise morfológica passou a ter outra perspectiva. Na TLEBS, a análise morfológica é a análise da formação de palavras (por exemplo, derivação e composição). A antiga análise morfológica é a identificação das classes de que as palavras fazem parte [nome, adjectivo, verbo, advérbio, conjunção, preposição, etc.].