Com a nova terminologia linguística, surgem-me algumas dúvidas quanto à subclasse de alguns nomes: «verdade» é contável ou não contável? Posso dizer «Vou dizer-lhe umas verdades». «Multidão» é contável? «Feitio» é humano ou não humano? Os nomes abstractos podem ser contáveis e animados ou classificamo-los apenas como abstractos?
Depois de ler atentamente a resposta dada à colega Ana Campos em 29/09/2006, fui consultar a TLEBS a propósito do predicativo do sujeito e pareceu-me que a definição (a seguir transcrita) não coincide com a do Ciberdúvidas (Eva Arim). Estarei enganado?
TLEBS [B4.3.5.1]
«Predicativo do sujeito
Função sintáctica desempenhada pelo constituinte seleccionado por verbos copulativos, que predica algo acerca do sujeito e que selecciona o sujeito.
O predicativo do sujeito pode ser um grupo nominal (i), um grupo adjectival (ii), um grupo preposicional (iii) ou um grupo adverbial (iv).
Exemplos:
(i) O João é [professor de Matemática].
(ii) (ii) Os alunos estão [muito interessados].
(iii) (iii) A Joana ficou [na escola].
(iv) (iv) A minha casa é [aqui].»
TLEBS [B3.1.12.2]
«Verbos copulativas
Verbo não auxiliar que ocorre numa frase em que existe um constituinte com a função sintáctica de sujeito e outro com a função sintáctica de predicativo do sujeito.
Exemplo:
(i) Costumam listar-se como verbos copulativos os seguintes:
ser, estar, ficar, parecer (como em "parecer doente"), permanecer, continuar (como em "continuar calado").
Exs:
(ii) A Teresa está doente.
(iii) A Margarida ficou calada.
(iv) A Margarida tem ficado calada. (verbo copulativo: "ficar")»
Estimada equipa de Ciberdúvidas!
Em primeiro lugar, agradeço o próprio site e a vontade persistente de melhorar a Língua Portuguesa num esforço de juntar as capacidades da Internet e os conhecimentos "académicos" do idioma.
A minha dúvida é esta:
1. qual é o uso correcto ou, se há mais de um, qual será a diferença entre as variantes das regências do adjectivo "confiante" (de/em) com e sem subordinado que lhe siga?;
2. julgando pelos exemplos recolhidos de JN, DN, Público, Portugal Diário, Diário Digital e algumas outras edições, o uso do conjuntivo precedido de "confiante de/em que; que", parece, é condicionado e prende-se com a medida da probabilidade que se quer atribuir à frase. Qual então a regra básica tal qual é em português de Portugal?;
3. se as palavras da mesma raiz, ou saber, "confiar" e "confiança" se comportam da maneira semelhante quando ligadas a um subordinado? Embora tenha lido os artigos sobre "duvidar que" e "confiança em que + conj.", não me ficou tão claro o assunto que me permitisse construir a frase o mais "portuguesmente" possível o que, para os estrangeiros, obviamente apresenta uma dificuldade maior.
Façam o favor de me não remeter para as Gramáticas das quais tenho bastantes, a por Cunha/Cintra inclusive, pois precisava de uma resposta ao vivo provinda de um de vossos excelentes peritos às explicações dos quais tenho repetidamente recorrido.
«Causar danos à/na/de/para a saúde? Gostaria de saber qual é a forma mais correcta, uma vez que todas elas são frequentes em textos escritos. Muito obrigado e parabéns pelo vosso excelente e utilíssimo “site”!
De facto ao procurar explicações para o termo «santinha», vi que Maria Celeste Ramilo, em 28/03/2003, justificava não ter encontrado a expressão em registos históricos.
Ninguém confirma e gostava da vossa opinião... sobre a minha tese, se pode ser confirmada ou não.
Em discussão com amigos, cheguei à conclusão de que a expressão foi introduzida em Portugal pelos emigrantes que foram para França no século passado. Como se sabe, a expressão "Santé" (saúde) é utilizada quando alguém espirra por bandas francesas.
O «santinha» utilizado em Portugal adveio muito provavelmente desse "santé!" francês, e foi incorporado ao linguajar popular pelo uso corrente dos emigrantes. Quiçá esse é o motivo por que só se encontra em dicionários contemporâneos.
Meus avós, por exemplo, são completamente avessos a esse "neologismo". Por sua vez, reparei que todos aqueles da família que um dia já foram emigrados utilizam tal expressão.
Eis a razão pelo que também não se evoca nenhuma santa (esse foi o ledo engano dos emigrantes também!), o que comprovei com meus queridos tios já de volta a Portugal.
Saudações a todos.
O que é um referente espacial? E um referente temporal? Há mais algum tipo de referente? Obrigada
Qual a diferença entre as orações subordinadas adjetivas restritivas e as explicativas? Além, é claro, do uso de vírgula.
Agradecia que me explicasse a diferença entre extensão semântica e importação interna.
Qual a expressão correcta quando seguida de substantivo feminino? «No que toca a» ou «no que toca à»? Obrigado!
Qual a diferença entre força ilocutória e intenção comunicativa? Ou são a mesma coisa?
Poderão exemplificar?
Obrigada.
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