Nem o termo ressignificação nem ressignificar aparecem registados nos dicionários consultados, quer nos mais a(c)tuais, quer em alguns menos recentes – Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2005), Grande Dicionário da Língua Portuguesa de António Morais e Silva (2002), Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências (2001), Dicionário Enciclopédico, da Verbo (1997), Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo (1996) –, o que nos leva a inferir que tais palavras não fazem parte do vocabulário genérico do português europeu, pois não podemos negligenciar a terminologia específica das várias áreas (científicas e outras), como é o caso da psicanálise, da psicologia... de que o consulente fala. No entanto, como tais termos contêm o prefixo re-, penso que não se deve descurar o seu valor, embora se trate de um prefixo bastante fecundo que «se une sobretudo a verbos e exprime as ideias de: aumento, retrogradação, oposição, repetição, recuo, restabelecimento num estado, reciprocidade (Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, José Pedro Machado, 1990).